Tiragem da cortiça em Coruche inscrita como Património Cultural Imaterial

A tiragem da cortiça no concelho de Coruche foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. O despacho da subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, datado de 12 de novembro foi publicado em Diário da República a 29 de novembro de 2021. Neste, destaca-se a importância desta “manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade e a articulação com as exigências de desenvolvimento sustentável e de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos”.

A candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de Coruche em 2018, no domínio das competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais em atividades extrativas. A tiragem da cortiça ou descortiçamento é definida como uma operação que permite a extração da cortiça do sobreiro na qual deve haver uma especialização da parte de tirador de forma a que a retirada da cortiça acompanhe o ciclo de crescimento do sobreiro, sem ter consequências na vitalidade da árvore e permitindo a sua regeneração cíclica e integral. Todo o processo e a elevada especialização dos tiradores torna esta técnica uma verdadeira arte que deve ser preservada.

Esta é uma atividade sazonal que se realiza fundamentalmente entre os meses de maio e agosto durante a fase mais ativa do crescimento vegetativo da árvore.

Para o Município de Coruche, entidade líder da EEC PROVERE “Montado de Sobro e Cortiça”, a validação da classificação como património cultural imaterial é um passo importante para uma candidatura desta arte a Património Cultural da Humanidade.

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