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O principal produto do Montado de Sobro é a cortiça. A cortiça é a casca do sobreiro (Quercus suber L.), um tecido vegetal 100% natural. É formada por uma colmeia de células microscópicas preenchidas com um gás semelhante ao ar e revestidas maioritariamente por suberina e lenhina. Na sua composição química identificam-se também outros compostos, com menor expressão, como os polissacáridos, ceroides e taninos.
Não se sabe ao certo, precisar a origem da utilização da cortiça, existindo registos da sua utilização desde o antigo Egito. A exploração da cortiça e a produção da rolha com escala também não tem a sua data marcada na linha temporal, sendo que os registos dos primeiros rolheiros em Portugal não tem mais de 250 anos.
A cortiça tem utilizações tão vastas que vão desde os “vai-vens”, à indústria automóvel, instrumentos musicais, produtos de desporto, peças de arte, decoração e mobiliário, materiais de construção, entre muitas outras. Apesar da variedade dos produtos de cortiça, são as tão famosas rolhas de cortiça que impulsionam a indústria: representam 70% do valor do mercado da cortiça.
Descortiçamento
O descortiçamento é o processo de “extração da casca aos sobreiros” e representa o início do ciclo de vida da cortiça. Este realiza-se durante a fase mais ativa do crescimento da cortiça, que normalmente ocorre entre meados de maio até ao fim de agosto.
Até que um tronco de um sobreiro comece a produzir cortiça e a ser rentável, são necessários 25 anos, e cada tronco tem que atingir um perímetro de cerca de 70cm quando medido a 1,3m do chão. A exploração de cada sobreiro dura, em média, 150 anos.